01/03/2008

Eu gosto de ser Mulher

Seguindo o projeto de blogagem coletiva proposta pela irmazinha Lunna vou fazer esta de uma forma mais minha.
Vou falar de uma mulher que fez a diferença em sua época.Ela que é uma ilustre desconhecida de vocês mas, muito conhecida minha... Adelina , minha avó.

Esta mulher , mãe de meu pai, nasceu em 1902 e, em sua época viveu como a maioria das mulheres vivia. Cresceu sob os cuidados de seus pais e quando chegou a idade certa , casou e teve filhos...o normal e esperado. E assim foi levando sua vida.
Quando aconteceu a Guerra de forma mundial, muita coisa mudou.
Sendo otimista, ela (a Guerra) acabou mas deixou seqüelas e um 'rabinho'...depois de vinte anos houve outra.
Embora o Brasil não tenha participado efetivamente das
Guerras Mundiais ainda assim, as coisas mudaram por aqui.
No Brasil da mesma forma que no resto do Mundo, houve uma grande recessão e a vida 'normal' que minha avó conhecia aos poucos foi mudando, até deixar de existir.
Nesse período conturbado houve um acontecimento que mudou por completo a vida dessa mulher.
Meu avô falecerá, ainda jovem e deixou minha avó com quatro filhos para criar.
Meu pai tinha então apenas nove anos de idade.Era o mais jovem dos filhos e apesar de dois deles já trabalharem, o dinheiro não era suficiente...o jeito era arranjar um emprego, minha avó se tornou operária.

Então
Adelina foi a luta, como várias das mulheres estavam fazendo...batalhou um emprego.
Ela foi trabalhar em uma fábrica de fumo. Enrolava charutos e ganhava alguns centavos por cada um que fazia...e assim terminou de criar seus filhos.

"Em uma época que a mulher no Brasil era dona de casa,
Adelina trabalhou fora, cuidou da casa e da família e foi uma dessas precursoras da 'mulher moderna'.
Quando os filhos estavam criados e eles mesmos casando e formando suas famílias foi que ela parou de trabalhar mas, até então foram vários anos naquela fábrica de charutos.
E, fica aqui registrada a lembrança de uma mulher de fibra, com teimosia típica de quem é senhora de si, de quem se virou nesse mundo e conquistou algo.

Que foi mulher, mãe e por muitos anos o 'homem da casa' , viveu por oitenta e cinco anos ...sem nunca deixar de ser
Adelina."
Assim como ela, muitas mulheres fizeram a diferença, sejam elas conhecidas ou desconhecidas.
Parabéns a todas nós, não simplesmente pelo fato de sermos mulheres mas sim, por sermos quem somos!

4 comentários:

Lunna Guedes disse...

E nós seguimos nos permitindo fazer a diferença e encontrando meios. Obrigada por sua participação. Abraços meus...

A Filha disse...

oi Tin, que linda a história da sua avó. Eu tb sou apaixonada na minha avó. E ela sempre foi minha "idola". Tento me inspirar na força que ela teve e mantém até hoje. Bom isso, né? ter pessoas importantes que inspiram a gente. bjs pra vc

Anônimo disse...

FAz tempo q nao passo por aqui..a vida anda corrida..mas vim desejar um Feliz dia da Mulher!!!!! beijos

Anônimo disse...

O bloguinho esta sem novidades? essa materia ja li umas 10x, tem que atualizar o bloguinho pra nós viu!

Aline